sexta-feira, 1 de abril de 2011
'(...) eu devia me expor a você, sem reticências, sem jogos. Mas ao mesmo tempo eu tinha medo de me dissolver, de me perder, de não ser mais eu, mas apenas um ser apaixonado. E tinha principalmente vergonha da minha ansiedade, da minha carência. Se eu as exibisse a você, talvez você se assustasse e fugisse. E então eu ocultava os meus excessos, me mostrava distante, forte, blasée. E o que acabava mostrando era um arremedo de envolvimento, mesmo sabendo que isso nos fazia mal. Eu odiava a dependência, a sujeição, a espera contínua por uma palavra, um gesto. Fico pensando no tempo em que desperdicei tentando dissimular. mascarar minha incontrolável dependência de você. Durante meses ocultei minha loucura, me contive, sufoquei, fui civilizada. Civilizada na minha fúria, civilizada na minha dor, civilizada em momentos que não devia ser."
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