- Acordei então sorrindo, como se pequenas borboletas  tivessem me segurado pelos braços e me carregado no meio da noite até o mais alto ponto  da cidade e me trouxesse de presente a estrela mais brilhante do céu.  Pulei da cama cantarolando uma antiga canção que rapidamente esqueço o nome.  Sei que falava do jeito de sonho, de sorrisos e abraços, da presença do ser amado. Acho que o cara que fez a pequena canção te conhecia. E eu me lembrei de ti. Recordei do primeiro dia em que tu estavas com fones de ouvido, me ofereceu gentilmente carinho e eu aceitei. Deve ser assim que começa um grande amor. Duas pessoas se conhecem há tempos, há anos, há vidas. Tu sabes da minha existência, e eu sei da tua. Tens alguns amigos em comum e , às vezes, se houve o nome em algum fato acontecido. E então acontece o reencontro. E eu que entendia pouco assim do amor venho aprendendo cada vez amis contigo.  Cada vez que abro os olhos e te vejo ao meu lado, é como se o anjo que tem me acompanhado desde pequena me dissesse: - Vai, moça sonhadora. Cuida do menino que rima com felicidade. E eu esfregasse meus olhos  castanhos e emocionados aceitando agora que a vida ‘vivida’ é ainda mais bonita que o sonho.

''À ti, que tem os olhos de esperança, 

nos quais eu adoro me perder. ''