quinta-feira, 17 de março de 2011

'Sabe que gosto desta sensação que te causo, de que a qualquer momento posso escoar, escorrer por entre os teus dedos tímidos e bá-bau - sumir da tua vida? Tua cara de pavor é a-pai-xo-nan-te! Especialmente apaixonante. Não é que eu ache que os relacionamentos devam ser compostos de neuroses e pânicos, só que é bom ver que você não vive mais sem mim. Não te deixo, jamais. Não sou tão forte assim. É que teus agrados são perigosos demais, são paredes e paredes que se levantam nesse labirinto de você que eu não consigo mais achar o fim, uma saída. Não há. Tuas palavras doces estão carregadas de correntes de amor. São também artifícios que me prendem, e me prendem, e me roubam o ar. Me fazem cada vez mais dependente de ti. Amoleço. Não posso mais escapar. E você devia era se orgulhar quando confesso que queria fugir de você, pra longe - e que até tentei, às vezes até tento - mas não consigo: há algo mais apaixonado que isso?  Todas as correntezas deságuam ao teu lado. Sorria meu bem. Minha vida é todinha tua!'

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