'E nós nos sentíamos assim, cheios de cores, com um cheiro bom na alma e uma imensidão de sonhos flutuando em nossa volta. Por mais que disfarçássemos, a nossa felicidade era impossível de não se esbanjar, o brilho dos nossos olhos, e a transparência de paz interior. Tínhamos encontrado o nosso porto seguro e sabíamos muito mais do que o necessário sobre ele. Nunca a vida foi tão boa de sentir, de tocar, de apreciar e parecíamos que nunca tínhamos encontrado o amor. Qualquer lugar, qualquer coisa estava bom pra gente, enquanto todo o mundo se matava procurando o amor, a gente o achou debaixo de uma pedrinha, escondida no parque desses que família, amigos e comunidades freqüentam. Nem precisávamos de alerta de incêndio, brigas, olhos tortos e muito menos um coração morno. Tudo em nós ardia, queimava, encostavam-se ao teto do nosso lar as brasas daquele nosso amor gostoso de sentir. Não precisávamos de satisfações, conversas paralelas, obrigações ou algo do tipo que envolvesse outros corpos sãos, nós tínhamos os nossos critérios. E mesmo que tanta gente achasse que tudo que usamos na construção desse nosso mundo como: pedra, cimento, tijolos e água, não servissem, nós construímos e mostramos a eles que quem sabe bem onde morar é aquele que sabe construir.'

Nenhum comentário:
Postar um comentário